terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

7 pecados capitais na hora da caça


Confira os 7 pecados capitais dos gays na hora da caça

 

Por que ninguém fica comigo na boate, na sauna ou no cinemão? O que faço de errado para sair sempre faminta, de mãos abanando? Mesmo os deuses gregos se dão mal na batalha da paquera. Não adianta chorar o "leite não derramado". Habitués nas arenas do sexo elegem os 7 pecados capitais que mais atrapalham a caça.

1- Insistência: evite abordagem agressiva ou inconveniente, aceite as negativas sem drama, tenha tato e sensibilidade para captar oportunidades de paquera. Não encare um "não" como rejeição a sua pessoa. Não arme barraco nem resmungue em dark room ou cabine. Pare de imitar Scarlett O'Hara ("E o Vento Levou", 1939). Não tente demarcar território, ocupando cabine ou reservado só por pirraça.

2- Descontrole: cuidado com o vexame dos excessos. Nada de enfiar o pé na jaca com bebidas e drogas. Gente esfuziante afugenta potenciais parceiros. Não corra de um lado para outro, tentando agarrar todas as necas, como se fosse um pega-pega na escola. Ninguém tolera putinhas no cio. Nada de assovios, gritos, urros e palmas. Sutileza!

3- Indiscrição: celular tocando em point de pegação é o fim da picada: "Oi, amor, tô aqui preso no trânsito. Chego já, já". Isso brocha. No flerte, não encha a pessoa de perguntas. Não force ninguém a fazer parte de confraria. Estude, sozinho, o terreno, a espreita, como um felino. Silêncio! Evite os "sofás da Hebe" dos cinemões, onde uns se plantam para tricotar ou monitorar os outros. Queima filme!

4- Palhaçada: se rolar papo num ambiente de sexo, evite contar piadas, tirar sarro ou narrar transas como um locutor de futebol. Isso corta o barato. Não banque a estrela de "Sex and the City". O lugar é só para sexo, e não tititis. Vá tagarelar com as amigas no café, no bar ou na padaria da esquina. Não piche portas nem paredes com seus fones, e-mails, tamanho do seu dote.

5- Sujeira: fique atento à higiene e aos riscos a sua aparência. Não se encoste em qualquer parede ou poltrona. Vá ao banheiro checar possíveis manchas na roupa ou cabelo. Nada pior do que sair da sauna ou do cinemão carregando coceira, chatos ou doenças sérias. Cuidado com locais onde rola função barra pesada. Nada de ter a fota estampada na capa do "Meia Hora" por bafos policiais.

6- Acidentes: gente destrambelhada sofre para fisgar parceiro, pois é um alerta constante de risco. Até consegue chamar atenção, mas quem tem coragem de se aproximar de quem cai de escada, escorrega no banheiro, perde comandas, derruba copos e garrafas, derrama bebida na roupa, põe fogo em guardanapos ou entope privadas? Às vezes, não custa consultar o horóscopo do dia antes de sair de casa. Até na pegação é preciso ter um pouco de sorte.

7- Carência: não tire os pés do chão. Não se apaixone pelo primeiro que lhe oferecer atenção e sexo. Não não vire presa fácil para ambiciosos, michês ou bandidos. Devagar com o andor que a neca é de barro. Não vá logo contando seus segredos, entregando as chaves do seu coração (da casa, do carro...). É para desconfiar de tudo. No mundo de hoje, ninguém gosta de ninguém, até que se prove o contrário. Não precipite nas declarações piegas, nos planos para o futuro. E não corte os pulsos se descobrir que ele mentiu o nome, a idade, o local de nascimento e residência, a profissão. Se não rolar, não persiga a pessoa fora do local de pegação, não pegue no pé ao reencontrá-la no mesmo point no dia seguinte. No mundo gay muita gente está em constante estado de fantasia ou muito escaldada com as ciladas do ego, na incessante busca de um simples orgasmo. Mas não desanime. Esqueça o passado. Olhe para frente. Amanhã um outro aparece.
SÉRGIO RIPARDO
da Livraria da Folha

Nenhum comentário:

Postar um comentário