domingo, 25 de março de 2012

Pedreiro sacana - Conto ilustrado a partir de fotos de um vídeo amador.

14.3.2012,Quarta-feira

Tenho muito que agradecer à COPA de 2014. O país virou um canteiro de obra... aqui inventaram de alargar a avenida Beira-Mar. É um tal de trabalhador pra todo o lado.Como costumo colocar minha sunga, enterrar o boné até as sobrancelhas, colocar um óculos de sol e ficar pedalando na orla (por vadiagem e também pra pegar uma cor, o que remete à vadiagem) não demorou muito e acabei detectando o pedreiro mais tesudo. Agora sei que se chama Sérgio, mas até então ele só era o pedreiro tesudo.
O saco é que o cara tava sempre rodeado de outros colegas, nenhum tão tesudo quando ele. Claro que eles se flagraram com as minhas passadas, minhas olhadas para o peito e o volume do Sérgio. Rindo, comentavam entre si: "- Ganhou", "Atola no viado", etc. Como não havia como ser reconhecido, levantava do banco e rebolava bastante no ato de pedalar.
Quarta-feira, um puta sol: 38 graus... coloquei minha sunga e, vamos pra orla. Chegando lá, não encontrei o pessoal da obra. Devia ser hora do intervalo, ou tavam escondidos fugindo do calor. Pedalo então e vou em busca de uma sombra pra fumar meu beque em paz olhando o ir-e-vir das ondas. Tô eu nesta abstração quando percebo um movimento onde antes não havia nada.Sabia pela simples razão de que faço uma checagem completa pra:
a - Mapear o machedo
b - Me precaver da bandidagem.
Quase não acredito no que vejo. Numa prainha, fazendo toda a feição de que também tá fumando um baseado e, sozinho, de calça e com o peitão respirando a brisa marinha está o mais macho de todos os machos da construção civil: o Serjão, como ele curte ser chamado na hora dos cravaços.
Noto que o Serjão me reconhece, afinal tô há semanas nesta secação. Enquanto dá uns pega, passa a mão no peitão olhando de forma sacana pro meu lado. Não perco tempo, pego a bike e vou na direção do monumento. Me apresento como André e elogio o corpaço dele. Ele diz que faz hora que tá percebendo o meu interesse. Fica o lance no ar. Ele então diz que tá muito quente e pergunta se eu me importo se ele ficar só de cueca. Digo que até prefiro.Ele ri e começa a tirar as calças. Demora um pouco, pra me excitar e também porque tá muito do chapado: uns olhões vermelhos, uma fala arrastada e um olhar que mostra o quanto também tá interessado.  Na lata me pergunta se eu tô a fim de uma brincadeira.Digo que é tudo que eu quero, mas que tem duas condições: ele enterrar todo aquele pauzão que enche e pesa na cueca até a soca e deixar que eu filme.Digo que sou do Espírito Santo, por causa do meu sotaque, que gostaria de filmar pra poder ficar de recordação. Ele diz que não tem problema porque é livre e desimpedido. Posiciono a câmera e, agora, deixo as imagens falarem por si. 
Ah, a qualidade das imagens não é um poster. Melhor assim, pra que não seja fácil reconhecer meu cavalão !!!
Quarta, 14.3.2012
O corpaço do Serjão, o pedreiro tesudaço.


















































Sexta-feira: 23.3.2012. Reencontro Serjão e vamos pra uma outra bocada. Novo festival de cravaços. O cara curte muito fazer de puta outro macho !!!!



































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